Vestígios de vida, pegadas de cor,
reflexos de luz com tons de frescor.
Entre folhas caídas, de asas perdidas
leve repousa, suave e aturdida.
No restolho seco a vida reflecte,
sombras do mundo que em vão afecte,
uma existência dotada de amor,
perfeita ilusão e puro clamor.
O sol vibrante a penugem acaricia,
gotas de água a sede saciam.
Perspicaz e fugaz no bico prendia,
verme escorregadio à sorte fugia.
A brisa conforta em final de Estio,
o mundo se fecha em seu fastio.
A luta desigual no tempo se esconde,
varrida de dor pela Humanidade responde.
De asas voltadas por entre as folhas,
o olhar já débil perpétua nas bolhas.
Jaz no sonho de um mundo perfeito,
da pura existência em doce leito.
Autoria: Paula Chorão
2 comentários:
Ola!!! Que poema tão bonito!
Experimentei ontem a tua receita de maruca. Ficou muuuuiiiittttooo bom!!
Bjs
Lindo.
Faz-me lembrar alguns pormenores do inverno, dos dias curtos, frios e húmidos.
Bjs.
São
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